Friday, April 13, 2007

Erros

Não raro tenho o desprazer de deparar com textos repletos de erros de digitação ou, pior ainda, gramaticais, ortográficos, enfim, alguns assassinatos da Língua Portuguesa. Não seria um problema tão grave se estes fossem encontrados em textos ou e-mails trocados entre amigos, mais informais, por exemplo. O que me condicionou a escrever esse post são os inúmeros erros em textos de sites jornalísticos, teoricamente bastante confiáveis. Ler uma matéria no site do jornal Folha de São Paulo com palavras em que faltam letras ou que estão coladas umas nas outras me faz colocar em dúvida a confiabilidade desta fonte de notícias de importância nacional. Erros de português são, para mim, uma decepção, pois estou diante de algo tão absurdo quanto entrar em um táxi em que o motorista não sabe dirigir. Repórteres e escritores têm a obrigação de escrever corretamente.
Lógico, não sou tão radical. Ninguém é enciclopédia e,
obviamente, não sabe absolutamente todas as regras no uso da nossa língua, nem os significados de todas as palavras. Mas há erros gritantes, que qualquer pessoa que tenha concluído o Ensino Fundamental percebe. É DEVER de jornalistas e escritores revisar seus textos, se possível mais de uma vez.
Às vezes, alguns erros passam despercebidos mesmo após uma boa revisão. Errar é normal, faz parte da nossa vida, da condição de seres falíveis e imperfeitos que somos. Mas estes enganos, principalmente para os profissionais da área da escrita, não podem se tornar um hábito. O erro deve ser a exceção, não a regra; algo excepcional, esporádico.
Hoje estava lendo um texto publicado no site Kzuka por Lydy Araujo, no blog "Entre Quatro Paredes" (http://www.clicrbs.com.br/blog/jsp/default.jsp?source=DYNAMIC,blog.BlogDataServer,getBlog&pg=1&template=3361.dwt&tp=&section=Blogs&&blog=114&tipo=1&coldir=1)
Dois trechos me chamaram a atenção.

Primeira: "Conscientizar a galera da importância da camisinha é muito importante."
Não há nada absurdamente errado nesta frase. Mas se a autora tivesse feito uma boa revisão do texto, teria percebido que as palavras "importante" e "importância" juntas na mesma frase não soaram bem e poderia subsituir uma delas.

Segundo: "No Brasil, a epidemia de Aids está sob controle, graças à combinação de prevenção e tratamento. No entanto, isso não serve de consolo. O lance é abrir os olhos e se cuidar, até porque não é só a Aids que mete medo. Ainda existem outras doenças, como DST e HPV, e o risco de uma gravidez indesejada."
O texto inteiro trata de uma ONG que incentiva os jovens a usar camisinha e se utiliza de dados do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids). Ou seja, um dos assuntos em foco são as Doenças Sexualmente Transmissíveis(DST) e o uso do preservativo como forma de prevenção. Então, quando a autora diz que "não é só a AIDS que mete medo. Ainda existem outras doenças, como DST e HPV", não se dá conta de que DST não é um tipo de doença e sim, todas as doenças que são transmitidas por meio da relação sexual: DST = Doenças Sexualmente Transmisíveis!!
Isto me parecia óbvio até encontrar este texto.

Estes foram exemplos simples, muito menos graves que tantos outros com que tenho deparado todos os dias em sites de grande importância e que, no auge da minha indignação, acabaram eleitos para ilustrar meu blog.

3 Comments:

Blogger Fernando Teixeira said...

Otimo tema Gi!

Realmente hoje o que importa mesmo é a velocidade da informação, e não a sua qualidade. Por isso conseguimos observar essas barbaridades nos textos de jornalistas na internet. Obviamente nao tenho capacidade para criticar tanto até porque nao escrevo bem em termos gramaticais...hehehhe

mas como profissionais isso deveria ser cobrado até mesmo para servir como exemplo e base para outros leitores observarem e dessa forma poderem escrever melhor

otimo texto
bjoos!

5:07 PM  
Blogger Carolina Tavaniello P. de Morais said...

Concordo com o Fernando. A velocidade da informação passa por cima da qualidade gramatical. Diga-se de passagem , isto é um absurdo. É inadmissível que notícias sejam publicadas cheia de erros de Língua Portuguesa, porque todos querem ser os primeiros a veicular a informação. Outro aspecto: se aparecem erros tão absurdos (não deveriam aparecer nem pequenos), é porque não há cobrança eficaz entre os próprios jornalistas. Então reforço a tua idéia, Gi: jornalista tem OBRIGAÇÃO de escrever correto!

Beijos

12:10 PM  
Anonymous Anonymous said...

Amiga! Hoje, parei pra ler oq tu escreve amore!
Tu tá mandando bem... e meu Deeuuusss, disca 190 e manda prender a cidadã que fez esse texto!
:O

2:08 PM  

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